Padre Laurindo: "Jesus é um amigo que sofre pela nossa causa, passa na nossa frente e morre por nós."

Logo no início da manhã da Sexta-feira Santa, vários fiéis se reuniram na Matriz Sagrada Família para participar da Via Sacra. Enquanto acontecia este belo momento de oração, os padres Laurindo, msf e Herbert, msf atendiam a confissões individuais.

Às 15h, teve início a Solene Ação Litúrgica. Pe. Laurindo participou da procissão de entrada junto a dois Ministros Extraordinários da Eucaristia e, ao chegar ao presbitério, reverenciou o altar.

Na Liturgia da Palavra, foram proclamadas as seguintes leituras: Is 52,13 - 53,12; Sl 30; Hb 4,14-16;5,7-9. 

O Anúncio da Paixão de Cristo contou com dois paroquianos, além de Padre Laurindo e da assembleia, para compor os diálogos existentes no Evangelho de João. 

Em sua reflexão, o sacerdote assim se pronunciou:

 "Na Sexta-feira da Paixão vemos o sofrimento de Jesus, por amor. Assumir o sofrimento com Jesus, para nós, é assumir a causa de libertação e de salvação. Assim, devemos encarar o sofrimento como algo salvífico. Hoje, olhando para o mundo secularizado, tendemos a negar o sofrimento.”

“Jesus, no momento de maior entrega de sua vida, afirma que valeu a pena sofrer pelos outros. É um amigo que sofre pela nossa causa, passa na nossa frente e morre por nós. Muitas vezes sou caluniado, blasfemado, injustiçado, perseguido. Mas tem alguém que não quer que eu morra. Alguém que me defende tanto, passa na frente e dá a sua própria vida.”

“Será que é justo alguém morrer por mim? A entrega de Jesus é pura misericórdia de Deus que vem ao nosso encontro. Jesus quer na sua dor eliminar a nossa dor. A dor provocada pelo pecado. Jesus sente na sua pele a dor de ser perseguido desde que nasceu. Jesus jamais olhou para trás, manteve-se sempre fiel. Uma fidelidade que levou a sofrer pelos outros. Abriu seu coração. A cruz de Jesus tem uma realidade de dor e não tem sentindo em si mesma, mas em um coração que soube amar.”

“Deus é amor e por amor é capaz de entregar seu filho. Deus não quer nosso sofrimento, mas nossa libertação. Como Jesus, devemos perguntar: Hoje com tantas realidades onde vê-se a ausência de Deus, estamos em comunhão com Jesus, com sua causa, com a defesa da vida, estamos assumindo esta cruz? Não dá para separar a cruz de Cristo, nem Cristo da cruz. Prescindir de um seria cair no vazio, cair na negação daquilo que somos, discípulos de Jesus, filhos de Deus.”

“A celebração da paixão é um profundo convite a nossa conversão. Sem nos converter é impossível chegar ao outro, zelar pela vida como um todo. Fiquemos um momento em silêncio meditando a paixão de Cristo em nossa vida, este amigo que foi capaz de dar a vida para nos salvar.”

Pe. Laurindo proferiu a Oração Universal, onde a Igreja reza pelas grandes necessidades, pois é consciente de que a salvação de Cristo é oferecida a todos. Com a adoração de Cristo na Cruz, adoramos o Cristo Salvador, pois deu sua vida para nos salvar.

Terminado o momento da comunhão, Pe. Laurindo informou a assembleia sobre os avisos paroquiais, rezou a oração final, e se retirou em silêncio.

Pontualmente às 19h, teve início a Via Sacra pelas ruas da cidade de Januária. Os padres Laurindo, Natelson e Francisco marcaram presença. Saindo em frente da Matriz Sagrada Família em direção a Catedral, os fiéis refletiram cada uma das estações do caminho percorrido por Jesus rumo ao calvário. Em cada estação, belos quadros vivos formados por crianças da Catequese emocionaram os fiéis.

Uma grande quantidade de pessoas participou deste momento, mostrando a fé do povo de nossa cidade de Januária. Ao chegar à Catedral, as imagens do Senhor Morto e de Nossa Senhora das Dores foram entronizadas no templo maior de nossa diocese. Pe. Natelson agradeceu a todos os envolvidos e informou aos fiéis sobre o início nesta Sexta-feira Santa da novena em honra a Divina Misericórdia. O primeiro dia desta novena foi rezado por toda assembleia presente na Catedral.

Fotos: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família