"Ajudar e escutar mais as mães", diz o Papa na audiência
Depois da pausa natalícia, o Papa Francisco retomou nesta
quarta-feira, 7 de janeiro, seus encontros semanais com os fiéis. Pela terceira
vez desde o início de seu Pontificado, a audiência geral se realizou dentro da
Sala Paulo VI. A temperatura na capital italiana estava por volta de 7 graus
centígrados.
A Maternidadde
Continuando o ciclo de catequeses sobre a Família, o
Pontífice centrou sua atenção sobre a figura da Mãe, ressaltando a imagem da
‘Igreja-Mãe’.
“Na Família existe a Mãe. Toda pessoa humana deve a vida a uma mãe. Ela, por
sua vez, é pouco ouvida e pouco ajudada na vida cotidiana, pouco considerada em
seu papel central na sociedade. Muitas vezes – denunciou Francisco –
aproveita-se da disponibilidade das mães para ‘economizar’ em despesas
sociais”.
Dar mais valor às Mães
“Até nas comunidades cristãs, as mães nem sempre são
valorizadas. Deveríamos compreender melhor sua luta cotidiana em serem
eficientes no trabalho, atenciosas e carinhosas com a família; precisaríamos
entender suas aspirações para expressar os frutos melhores e mais autênticos de
sua emancipação”.
O Papa revelou uma recordação pessoal: “Lembro-me em casa,
éramos cinco, cada um pensava em uma coisa e a fazia. Nossa mãe estava sempre
correndo de um lado para outro”, lembrou ainda o Papa, falando à multidão de
fiéis de vários países do mundo.
No amor incondicional e voluntário por seus filhos, são o
antídoto ao individualismo, são as grandes inimigas das guerras. São elas a
testemunhar a beleza da vida. As mães se ‘dividem’; a partir do momento que
hospedam um filho, o dão ao mundo e o fazem crescer. “Muitas vezes pensei
naquelas mães que recebiam cartas durante as guerras que as informavam da morte
de seus filhos. Quanto sofrem as mães!”.
Martírio
“Em certo sentido, a maternidade é uma espécie de martírio.
Na sua entrega generosa, as mães concebem os filhos no seu seio, dão à luz,
amamentam, educam e dão afeto: oferecem as suas vidas aos filhos, um verdadeiro
martírio materno!”.
Isto é o que o Arcebispo Óscar Romero definiu como “martírio
materno”: Ir dando a vida, pouco a pouco, como uma mãe faz por seu filho.
Francisco recordou que na homilia do funeral de um padre assassinado pelos
esquadrões da morte, Dom Romero disse, evocando o Concílio Vaticano II: “Todos
devemos estar dispostos a morrer por nossa fé, mesmo que o Senhor não nos
conceda esta honra... Dar a vida não significa apenas morrer; dar a vida, ter
espírito de martírio, é uma entrega total, sem temores, no silêncio, na oração,
no cumprimento do dever”.
“Agradeçamos as mães por tudo o que são na família, e
por aquilo que dão à Igreja e ao mundo”, finalizou Francisco.
Francisco: "Beleza do circo faz bem à alma"
“Encorajo-os a serem portadores do sorriso e mensageiros,
não apenas de solidariedade entre povos e nações, mas também da beleza:
precisamos dela!”.
Assim o Papa agradeceu o Golden Circus de Liana Orfei, que,
como todos os anos, exibiu um breve espetáculo na Sala Paulo VI, na conclusão
da audiência geral nesta quarta-feira, 07.
Foto: AP / Facebook Rádio Vaticano
Fonte: br.radiovaticana.va
Comentários
Postar um comentário