Pe. Herbert: "Abra os seus olhos, o seu coração, para a presença de Deus".

 

No domingo, dia 24 de julho, a Paróquia Sagrada Família comemorou seus 57 anos de história e trabalho missionário no Norte de Minas. Este dia tão especial começou logo cedo. Às 7h, sob as mangueiras, foi servido um delicioso café da manhã para os avós, idosos, adultos, jovens e crianças, promovendo assim o Encontro de Gerações. Neste domingo também, a Igreja em todo mundo celebrou o Dia Mundial dos Avós e Idosos, instituído pelo Papa Francisco.

A Santa Missa na Matriz foi presidida pelo Pe. Marconi Nunes Lira, msf e concelebrada pelo Pe. Herbert Rohleder, msf. O Irmão Luiz Carlos, msf também participou. Crianças da Infância e Adolescência Missionária entraram com cartazes contendo dizeres a respeito da importância dos avós e idosos.  Pe. Marconi acolheu a todos presentes na assembleia, bem como os que acompanharam a transmissão pelo canal do Youtube Paróquia Sagrada Família de Januária.

Pe. Herbert proclamou o evangelho, e como sempre, proferiu uma homilia cheia de conteúdos importantes.

"Atendendo ao pedido do Santo Padre Francisco, que decretou para este ano o dia dedicado especialmente as pessoas idosas. Durante o ano todo celebramos dias lembrando de pessoas ou grupos especiais, de noivos, de pais, de mães, até de Menino Jesus colocando Papai Noel, tudo ventilado por comerciantes que querem fazer negócio, querem aproveitar-se também dos sentimentos e das necessidades destas pessoas. E nós, hoje, não queremos tirar o couro dos nossos avós e das pessoas idosas, obrigando-os a receber ou a dar presentes. Queremos muito mais refletir justamente sobre o aspecto fundamental, no qual cabe aos avós uma grande responsabilidade e também uma chance ao mesmo tempo. Colocar em prática e orientar o que Jesus hoje no evangelho recomenda aos seus discípulos, isso é, o que recomenda a nós, em particular, aos avós e pessoas idosas."

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"Para entrarmos um pouquinho na problemática desta reflexão, uma experiência pequenina que já fiz, ou que fiz muitas vezes. Hoje cedo, levantando, preocupado um pouquinho com os queridos avós,  passou pela cabeça, um menino buscando as mangas aqui no nosso quintal, disse depois, levando um saco cheio de manga: 'Muito obrigado, vovô!'  - 'Onde tem vovô  aqui?'  Eu nem tinha quarenta anos! Pois não, hoje estou também no grupo dessas pessoas. As coisas mudam. E a gente tem que ter atenção olhando para a situação na qual se encontra. Como de costume, quando eu não me sinto muito bem, sabendo do problema, peguei meu aparelhinho de pressão arterial e percebi que estava em 18 por 10. Que fazer? Me comportar como se não estivesse acontecendo nada? Certamente não seria prudente. Peguei um comprimidinho e ainda tenho também para situações quando a pressão alta sobe demais, um calmante. E agora parece que estou bem. Mas precisamos cuidar, como certamente, muito de vocês que estão aqui. Temos que ficar de olho. Pode ser decisivo. Se você não ligar, pode acabar mal."

Neste momento, Pe. Herbert faz um interessante paralelo entre o teleférico e a vida de fé. Você pode conferir a íntegra clicando abaixo na transmissão.

 

 

"Se você cada dia rezar (o Pai-Nosso) com carinho e com consentimento interior, o seu dia a dia vai se transformar para melhor, sem que você o perceba. Abra os seus olhos, o seu coração, para a presença de Deus e você vai ficar admirado. O desejo de Jesus é manter contato com as pessoas e para isso ele envia o Espírito Santo a todos que o pedirem. Ele tem a função de estabilizar o cordão para Deus. Mas Jesus não nos quer impor esta conexão. Ele nos convida, como o amigo no evangelho, que pediu com impertinência. Ele pede a ajuda de Deus. O amigo vem e diz: 'Não tenho nada a oferecer.' Me empreste três pães para oferecer ao amigo que veio depois de meia noite. E aí ele respondeu do outro lado: 'Eu já estou deitado. Não tenho tempo para levantar. Você se vire. Não deve ser assim.' Mas Jesus não nos quer impor essa conexão. Ele não força. Não ameaça. Se você não fizer, não precisa contar mais comigo. Não. Jesus, Deus não fala desse jeito. Ele sempre está à sua disposição. E como o evangelho diz, devido a sua impertinência de pedir, de continuar insistindo, ele, em certa altura, atende como ouvimos também na primeira leitura. Tão interessante. Vale a penar ler de novo em casa. A generosidade de Deus perante o pedido de Abraão."

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"Pode se transformar em uma verdadeira sabedoria popular.  E a necessidade nos ajuda a rezar. Ou, como se diz, a necessidade  é que faz o sapo pular. Está na hora ainda! Você é este sapo, talvez. Comece! Dá um pulo em direção a Deus. Você vai experimentar como é bom. Mas consegue também emudecer e levar ao desespero. Também a necessidade não nos leva sempre a Deus. Muitas pessoas ficam revoltadas, magoadas, com raiva, e preferem viver na escuridão, ao invés de ver, de  experimentar a luz de Deus. Precisamos examinar diariamente este cordão para Deus. Deste cordão de nossa fé, através da oração e através também em particular do Pai-Nosso que estabiliza o nosso contato com Deus."

Ao fim da Santa Missa, Pe. Marconi convidou todos os avós e idosos para homenagem junto à imagem da Sagrada Família. O Ministério de Música cantou a música Meu querido, meu velho, meu amigo, de Roberto Carlos e a primeira estrofe da Oração Pela Família, de Pe. Zezinho, scj. Foi um momento muito emocionante. Com bastante animação, Pe. Marconi parabenizou a paróquia, os idosos e os avós.

Terminada a Santa Missa, novamente sob as mangueiras, continuou o Encontro de Gerações.  O pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf conduziu este momento, que contou com momentos musicais, com apresentações de poemas, entre outras. Merece destaque a dramatização apresentada pelo Grupo da Melhor Idade AGIBEM. Os membros deste grupo entraram vestidos de velhinhos. Depois trocaram de roupa e saíram dançando. Assim, mostraram que a vida é bela e começamos a envelhecer quando deixamos a alegria de lado.

Clique aqui para ver a cobertura fotográfica completa.

Foto 1 e Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Foto 2 e colaboração: Joseane Jaques / Pastoral Familiar