Pe. Laurindo: "Olhar para a cruz como um grande sinal de amor".

 


Na Sexta-feira Santa, 29 de março, às 15h,  na Matriz Sagrada Família, foi celebrado um dia tão importante para todos nós: a Sexta-feira da Paixão. Nesse momento solene, a Liturgia narra o sofrimento e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, aquele que se entregou por amor a cada um de nós.


Em silêncio, iniciou-se a Ação Litúrgica. Após as leituras do dia e a proclamação do Evangelho, o pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf assim refletiu:


"Estamos hoje celebrando esta ação litúrgica em que fazemos memória da Paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estamos também não só fazendo memória como algo do passado, mas nos colocando também nesta cena em que tantas pessoas estão envolvidas com Jesus na fidelidade. Muitas pessoas envolvidas também nesta trama que levou a sua condenação: muitas traições, muitas atitudes que colaboraram para que ele tivesse este fim. E celebrar a Sexta-feira, Sexta-feira da Paixão, Sexta-feira das Dores, Sexta-feira da Cruz, lembrar da Sexta-feira Santa, lembrar da Paixão de Jesus, é lembrar também da Cruz, é lembrar da dor, é lembrar do sofrimento. Tudo isso, esta realidade nos faz pensar na vida de Jesus, mas nos faz pensar também como realidade presente na nossa vida: Cruz, dores, sofrimento, e assim por diante.”


 

 


“Nós estamos aqui para com Jesus, aprender a sofrer, e olhar para o sofrimento na perspectiva da fidelidade a Deus, da fidelidade à missão que o Senhor nos confiou. Nesse sentido, olhar para a cruz como sinal de esperança, como um grande sinal de amor. E então podemos nos perguntar: Quais são as cruzes que carregamos? Quais são os sofrimentos que nós carregamos? Quais são as dores que nós carregamos? Quais são as tribulações? Quais são as situações que de fato nos leva a perceber o quão fracos nós somos, quão frágeis nós somos diante da grandeza deste mistério de Deus ou do mistério que é a própria vida? A cruz tem um significado muito especial para nós, porque nesta Cruz nós olhamos e vemos a presença de Deus, deste Deus que se entrega por amor, deste Deus que se encarna por amor, deste Deus que sofre por amor.”


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"A nossa fé em Cristo, esta fé deste coração que transborda e que vai ao encontro do outro, não é um coração fechado em si mesmo, mas é um coração que por amar tanto a vida, por amar tanto a Deus, é capaz de sofrer, é capaz de se sacrificar, é capaz de levar isso até as últimas consequências. Então esse Deus leva também a pensar no que nós podemos dar a Deus, a Cristo por aquilo que ele nos fez: nada. O que é maior do que a vida? Nada. Então, todos os sacrifícios que oferecemos a Deus, que oferecemos a Cristo, são pequenos. Porque, como a Igreja nos ensina, morrer pelos amigos é um grande feito, querer salvar alguém da nossa família, do nosso grupo, do nosso grupinho. Mas morrer também, até pelos inimigos, salvar também os pecadores, esta grande dádiva, um grande mistério, que só quem de fato está na intimidade com o Senhor é capaz de compreender. O coração tem esse grande mistério, o coração que encontrou a Deus, carrega esse grande mistério que a razão humana não é capaz de compreender. E só aquele que ama como Cristo amou, é capaz de olhar e enxergar em tudo isso: Vida, Esperança e Salvação.”


Em seguida, foi realizada a Oração Universal, abrangendo diversas intenções da Igreja. A comunhão eucarística, consagrada na Quinta-feira Santa, foi distribuída à assembleia. O Pe. Laurindo entrou com a Cruz e a expôs para veneração.


À noite, ocorreu a emocionante Via-sacra, que percorreu as ruas da cidade de Januária. A Via-sacra contou com a participação ativa das crianças da catequese e dos adolescentes das paróquias Sagrada Família e Nossa Senhora das Dores, que desempenharam um papel fundamental na encenação dos quadros da Paixão de Cristo. Foi um momento de profunda reflexão e devoção para todos os presentes.


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Texto: Edilza Madureira / PasCom Sagrada Família

Fotos: Iasmim Soares Lisboa / PasCom Sagrada Família

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