Pe. Willian: "Diante de Deus precisamos viver a verdade de nossos corações".

 

No domingo dia 14 de agosto, às 19h, na Matriz Sagrada Família, aconteceu a Santa Missa do Vigésimo Domingo do Tempo Comum na Matriz Sagrada Família. Também celebramos o Dia dos Pais. Antes da missa, aconteceu o primeiro encontro da Semana Nacional da Família.

A celebração eucarística foi presidida pelo querido Pe. Willian Coutinho, vigário na Paróquia Divino Espírito Santo, em São Romão. O pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf concelebrou após retornar de merecido descanso.

Pe. Laurindo acolheu o Pe. Willian na Matriz. Pe. Willian assim disse:

"Obrigado Pe. Laurindo pela acolhida. É uma alegria nós estarmos aqui mais uma vez para juntos celebrarmos a nossa fé."

Os leitores escolhidos para esta noite exercem a nobre missão de ser pai. Pe. Laurindo proclamou o Evangelho  e, em seguida, Pe. Willian fez uma bela reflexão sobre as leituras do dia. Confira alguns trechos:

"Esta palavra que nós acabamos de ouvir nos causa numa leitura pouco atenta um pouco de estranheza. Porque estamos acostumados a ouvir Jesus falar sempre palavras muito ternas e muito doces. Jesus é o homem que nos ensina a viver a paz. Jesus é o homem que nos ensina a perdoar os nossos inimigos. Jesus é aquele que ajuda todos os necessitados. Então nós guardamos em nosso coração essa imagem de Jesus. De fato ele é assim. Ele se apresenta e se manifesta como um homem misericordioso e nos ensina sobre a misericórdia. E aí quando nós nos deparamos com este texto, onde Jesus nos apresenta palavras duras, nós temos um pouco de dificuldade para entender verdadeiramente o que Jesus quer nos dizer. Mas nós não precisamos nos preocupar. A estranheza que lhe causa ao seu coração é um pouco da estranheza que é causada nos corações de todos. Todos nós comungamos um pouco desta sensação. Porque, inclusive, para aqueles que são estudiosos da Palavra de Deus, este texto se trata de um dos textos mais obscuros do evangelista Lucas. Porque nós não sabemos de fato o que Jesus queria dizer quando falou sobre o fogo que lançaria sobre a terra."

 

 

"Mas nós temos alguns indícios. Vamos por partes. Partindo de um pressuposto que Jesus era um bom judeu, e provavelmente, tinha uma mentalidade de judeu, Jesus entende o fogo como entendiam aqueles  antigos da Sagrada Escritura. Como a Sagrada Escritura apresenta o fogo? O Antigo Testamento mais precisamente apresenta o fogo. O fogo é símbolo da ira de Deus em alguns casos. O fogo também, no Antigo Testamento, se apresenta como uma manifestação de Deus, uma teofania. O fogo também é símbolo de uma purificação. O Senhor, por meio do fogo, purifica e limpa todo pecado. Então é provável, quando Jesus fala de fogo, ele está justamente pensando nesta ideia antiga. O fogo é aquilo que purifica e que transforma. Em outras palavras, o Senhor está nos dizendo que a nossa experiência com ele precisa nos transformar e purificar o nosso coração. Então a pergunta que você precisa fazer diante deste evangelho não é pensar na materialidade daquilo que Jesus disse. Pensar no Senhor enviando fogo sobre a terra. Mas pensar na sua experiência com Cristo, e o quanto você está sendo transformado, e o quanto seus pecados estão sendo purificados por causa da sua experiência com o Senhor."

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"Diante de Deus precisamos viver a verdade de nossos corações. Diante de Deus nós precisamos ser inteiros, ser íntegros, e viver verdadeiramente uma vida em Deus. Não para agradar aos outros. Não para agradar a um grupo ou a outro grupo. Mas para sermos fiéis, inteiramente fiéis ao Nosso Senhor. Então, o nosso desejo nessa liturgia, é que este fogo que o Senhor nos fala hoje, possa nos alcançar. Alcançar o nosso coração de modo que a nossa vida seja verdadeiramente transformada. E nós possamos abrir mão de toda hipocrisia religiosa que nos faz fingir viver coisas que nós não vivemos, que nos faz abraçar coisas que verdadeiramente nós nunca abraçamos. Nós até gostaríamos de abraçar. Nós até gostaríamos de viver. Mas não representa uma novidade em nossas vidas. Que o Senhor nos purifique de toda falsidade. Que o Senhor nos purifique de toda hipocrisia. Que o Senhor nos faça abraçar verdadeiramente uma vida transformada interiormente, para que o nosso exterior represente a vida de alguém que fez a experiência verdadeira e profunda com Jesus. Seja esse o desejo de nosso coração."

Ao fim da Santa Missa, Najila Aparecida, da coordenação da Legião de Maria,  leu uma bela mensagem em agradecimento pelos doze anos de ordenação sacerdotal de Padre Laurindo.

Em seguida, Pe. Willian e Pe. Laurindo abençoaram todos os pais presentes, que receberam o carinho e aplausos da assembleia.

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Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Fotos: Rosiane Barbosa / PasCom Sagrada Família