Pe. Laurindo: “A luz de Cristo brilhou para nós.”




Na noite santa da Vigília Pascal, 11 de abril de 2020, os religiosos Missionários da Sagrada Família se reuniram para celebrar este momento importante da nossa fé. Por causa da pandemia Covid-19 a assembleia não esteve presente a esta celebração. 

Nosso pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf presidiu a Vigília na Matriz Sagrada Família. Concelebraram Pe. Genivaldo Mendes, msf e Pe. Herbert, msf. Irmão Guilherme, msf também esteve presente.
A Vigília começou do lado de fora da Matriz, onde aconteceu a bênção do Fogo Novo. Pe. Laurindo adentrou ao templo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”

Pe. Genivaldo Mendes proclamou a Páscoa de Cristo. Após a proclamação de três leituras e de três salmos, foi entoado o Hino de Louvor, por este momento fundamental de nossa fé cristã.
Em sua homilia, Pe. Laurindo assim refletiu: 

Celebramos a liturgia da luz. É como que continuando a celebração da Paixão. Ao anoitecer deste sábado, em oração, vamos celebrando a luz de Deus. A liturgia do fogo, a liturgia da luz.
Estamos degustando a Palavra de Deus nesta noite. Que maravilha. 

Vestimos de branco para anunciar a vitória de Jesus sobre todo mal. 

O fogo tem na nossa liturgia católica um significado muito profundo. Podemos pegar vários sentidos do fogo. O fogo que purifica, o fogo que ilumina. Na Bíblia, o fogo é usado para descrever a ação de Deus.  O fogo expressa no fundo esta atitude profética de quem anuncia a paz.  Assim, como este fogo que facilmente se alastra, somos convidados a propagar para todos os cantos do mundo que Jesus ressuscitou. Perceber que, diante da penumbra, diante da escuridão, a luz de Cristo brilhou para nós. 

No início tudo era trevas. Deus foi capaz de separar uma realidade da outra, fazendo surgir a luz. E através desta luz, Deus percebeu que toda sua criação era boa. Jesus é o vencedor das trevas, porque ele é a própria luz. Hoje proclamamos a sua vida através do grande círio que acendemos. Nesta luz acesa, somos convidados a acender também as nossas velas, a luz de Cristo que entra em nossa vida. Cristo é a luz do mundo. 

A liturgia batismal é a água. O que seria deste mundo sem a água. Sem a água, não existira vida. A água é necessária para tornar fértil a terra, para matar a nossa sede, para nos banhar, para nos limpar. No Santo Batismo, a água nos purifica. Banhados em Cristo, banhados em sua água batismal, nos tornamos filhos de Deus. Inauguramos novo nascimento. Esta água nos introduz no mistério da vida do Senhor. 

Esta Eucaristia é a primeira que estamos celebrando após a morte de Jesus. Na Sexta-feira Santa escutamos que Jesus foi atingido e ao seu lado corria água e sangue. A água nos recorda a nossa humanidade. O sangue nos recorda o vinho, a presença da divindade de Cristo. Neste encontro, celebramos a sua ressurreição. 

Deus está na origem de tudo. Deus que cria o homem, como ser especial, dotado de faculdades diferentes de toda a criação. Dá a responsabilidade de cuidar de toda a criação. Eis que Deus disse ‘Darei a vocês todas estas plantas’. Delas tirarão sustento. Quando olhamos para natureza, principalmente neste contexto de desequilíbrio, às vezes são enchentes, às vezes são vendavais, terremotos. Percebemos que a ação do homem revela uma reposta da natureza. Mas a natureza toda é boa, a fim de que, com esta criação e com todos seres humanos, possamos viver em fraternidade, viver como irmãos. 

Podemos viver sem Deus, mas nossa vida pode ser um inferno. A presença de Deus nos faz reconhecer o valor do outro. A presença de Deus nos faz relacionar melhor com tudo que ele nos deu. Deus não é como um esposo que abandona, mas que fez uma aliança com sua esposa, que ele jamais é capaz de abandonar. Deus permanece conosco. Deus permanece fiel. 

Que possamos cultivar a atitude das mulheres, que não deixaram de acreditar em Cristo Jesus. Que permaneceram em silêncio, em oração. Elas saíram de madrugada e foram até o túmulo. E perceberam que a pedra foi removida. O grande sinal da ressurreição. O anjo diz que a pedra não está mais aí. Ele ressuscitou. Nós precisamos de que para acreditar que Jesus ressuscitou? A fé daquelas mulheres foi suficiente para acreditar em Cristo Jesus. E puderam ser missionárias a levar a boa notícia ao receber aquele anúncio do anjo. Ao experimentar a realidade do novo tempo, com a presença de Jesus ressuscitado. Que possamos sair desta vigília assumindo verdadeiramente nosso batismo. Crucificando aquilo que nos impede de servir, aquilo que nos impede de fortalecer as nossas relações.

Pe. Laurindo concluiu a Vigília Pascal transmitindo votos de uma Feliz Páscoa. 


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Texto e fotos: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

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