Pe. Laurindo: “Jesus dá aos apóstolos a missão de revelar a misericórdia ao povo.”




Em 2020, devido a pandemia Covid-19, a Festa da Misericórdia aconteceu sem a presença da  assembleia. Mesmo assim, centenas de fiéis participaram da transmissão online de aproximadamente 5 horas.

Pontualmente, às 15h, Pe. Laurindo Aguiar, msf juntamente com Zilma Costa, rezou o Terço da Misericórdia. Vários devotos da Misericórdia enviaram seus pedidos de oração pelo chat do canal da Paróquia Sagrada Família no Youtube, que foram lidos na medida da possível.

Em seguida, uma sequência de três pregações ajudou a compreender a manifestação da Misericórdia de Deus. Os pregadores foram: Zilma Costa, Pe. Genivaldo Mendes, msf e Irmão Guilherme, msf.
A Adoração ao Santíssimo Sacramento tocou profundamente o coração de todos. Jesus, em sua misericórdia, vivo e presente na Eucaristia, iluminou a todos neste momento.

A Santa Missa foi presidida pelo nosso pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf e concelebrada pelo Padre Genivaldo Mendes, msf.

Em sua homilia, Pe. Laurindo assim refletiu:

Hoje para a Igreja é um dia de alegria, dia de graça. Hoje nos reunimos para celebrar o Domingo da Misericórdia. Já foi bem falado sobre a misericórdia de Deus, como podemos aplicá-la em nossa vida. A ressurreição é um ato de misericórdia. Se olhar para o ressuscitado, sem olhar para a sua história, não encontramos aquele que o Pai enviou a nós.

Nesta semana de Oitava da Páscoa, a Igreja celebra como se fosse um dia único, esta grande alegria não só para a Igreja, mas para o mundo. Nesta semana, vemos vários relatos após Jesus ser morto e ressuscitado, de que  Jesus começa a aparecer para os discípulos.

A grande experiência é o testemunho dos discípulos. Podemos provar da alegria, da revelação de Jesus aos seus discípulos, do medo que foi se acabando, por causa da presença de Jesus.

A experiência dos primeiros discípulos não foi fácil. Eles passaram por momentos difíceis. Momentos de solidão, momentos de se sentir desamparados. Deus nos desamparou, acabou nossa história. Viveram este momento de luto. As aparições são como um processo que Jesus vai resgatando neles a capacidade de ver, de escutar, de fazer uma interpretação correta dos ensinamentos de Jesus.

Jesus entrou no meio deles. Ele quer romper com tudo que nos causa paralisia. A comunicação da paz é o que celebramos nesta liturgia. No segundo momento, Jesus comunica sua ternura, sua fidelidade, a vida que não havia acabado, é a transmissão da missão. Jesus mostrou as marcas da Paixão, as marcas do sofrimento. Eles se alegraram. Ele está vivo. Então Jesus comunica a missão. Eu vim como enviado do Pai. Eu busquei fazer tudo aquilo que o Pai nos revelou. Quem vê o rosto de Jesus vê o Pai. Jesus é o grande sinal de Deus na Terra. Jesus escolheu discípulos para serem sacramentos dele na Igreja, neste mundo. Jesus não nos abandona. Jesus soprou sobre eles o Espírito Santo. Jesus dá a eles pelo poder do Espírito Santo, o poder de perdoar os pecados. Jesus dá aos apóstolos a missão de revelar a misericórdia ao povo, aos filhos do Senhor. Na Igreja quem tem esta missão, do sacramento da reconciliação; os bispos, os padres. Não para acusar, mas para ajudar a viver como pessoas novas em Cristo.

O amor de Deus faz a cada um de nós acreditar que somos capazes. Aonde vamos viver nossa vida? Não vivemos alheios, em outro mundo. Onde vamos enxergar as marcas do ressuscitado? Vamos perceber os sinais do ressuscitado dentro da comunidade. O Evangelho, para falar disso, cita a história de Tomé. Tomé não estava em casa quando Jesus soprou o Espírito Santo. Os que acreditavam na ressurreição partilhavam tudo em comum. E Tomé não estava. Talvez nos assemelhamos mais a Tomé. Temos uma dificuldade em acreditar sem ver. Precisamos de um processo muito grande para descobrir a verdade das coisas.

Nós, neste mundo marcado pelo materialismo, temos a dificuldade de cultivar a espiritualidade do ressuscitado. Nem tudo que eu vivo eu posso pegar. Mas a comunidade eu posso sentir. Posso perceber os sinais da ressurreição de Jesus. Na segunda leitura, vemos uma esperança que não é falsa. A esperança que Jesus veio nos trazer é incorruptível, é eterna. Ele nos deu a vida nova. Nós experimentamos tudo isso dentro da comunidade. Dentro da comunidade vamos dar os passos serem firmes. Vamos fazer como Tomé, uma profissão de Fé verdadeira. A palavra senhor era dirigia aos reis. Aqui a Igreja, na sua sabedoria, reconhece nesta experiência, que o senhor de nossas vidas é Jesus. É Deus que nos dá esta esperança. Eu recebi a graça de Deus. Eu recebi o perdão de Deus. Recebi a graça de ter a fé. Tudo isso, falamos da realidade da vida comunitária. Por mais desafiadora que ela seja, experimentamos a realidade existencial do ser humano. 

Neste momento em que estamos vivendo ficamos gratos pelas pessoas que nos ajudam. Não é só a carência da Igreja, mas a carência de muitas famílias. A primeira necessidade em alguns momentos é a necessidade biológica.

Não podemos tirar Jesus de nossa vida. Ele é o antídoto pelo qual venceremos todo mal. Em primeiro lugar está a vida. Em segundo lugar, vamos correndo para completar as outras coisas que nos falta. Hoje não estamos na convivência física com Jesus. Que possamos ser bem- aventurados, que acredita em Jesus sem a necessidade de tê-lo visto. Nós experimentamos o amor de Cristo, sem a necessidade de ver. Isto é a verdadeira fé. É o verdadeiro amor.

Que o nosso Deus nos ajude a viver a sua misericórdia, a viver este tempo da ressurreição como pessoas novas, pessoas protagonistas da missão. 

Ao fim da Santa Missa, Pe. Laurindo abençoou os quadros e imagens de Jesus Misericordioso. O presbítero agradeceu a todos que acompanharam a Festa da Misericórdia através das redes sociais. 


Alguns fiéis se manifestaram:

Lia Sandes: Muito linda celebração! Já com saudades, Jesus abençoe nossos celebrantes e todos que  participaram.
 



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Texto e fotos: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

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