Audiência: Deus se fez pequeno. Este é o grande mistério
Milhares de peregrinos
participaram da última Audiência Geral do ano, na Praça S. Pedro. Como de
costume, antes de pronunciar a sua catequese, o Papa saudou os presentes a
bordo do seu papamóvel, fazendo a alegria dos fiéis.
Ao se dirigir aos peregrinos,
Francisco refletiu sobre a devoção ao Menino Jesus, o protagonista do presépio
nesses dias natalinos. Muitos santos e santas cultivaram essa devoção, como por
exemplo Santa Teresa de Lisieux, que como monja carmelita escolheu o nome de
Teresa do Menino Jesus. Ela soube viver aquela “infância espiritual” que se
assimila justamente meditando a humildade de Deus que se fez pequeno por nós.
“E este é um grande mistério,
Deus é humilde! Nós que somos orgulhosos, repletos de vaidade e acreditamos ser
grandes, e somos nada! Ele é grande, é humilde e se faz criança. Este é um
verdadeiro mistério!”, disse o Pontífice, acrescentando que toda a vida terrena
de Jesus é revelação e ensinamento, sendo a morte e ressurreição a expressão
máxima do seu amor redentor.
Para crescer na fé, afirmou
Francisco, seria necessário contemplar com mais frequência o Menino Jesus, não
obstante se saiba pouco de sua infância: da apresentação ao Templo e a visita
dos Reis Magos, há um salto de doze anos até a peregrinação de Jesus com Maria
e José para a Páscoa. Todavia, prosseguiu, podemos aprender muito de sua vida
se olharmos para o modo de ser das crianças.
Antes de tudo, elas querem a
nossa atenção e precisam dela para se sentirem protegidas: “É necessário também
para nós colocar Jesus no centro da nossa vida e, mesmo que possa parecer
paradoxal, saber que temos a responsabilidade de protegê-lo. Ele quer estar
entre nossos braços, deseja ser acudido e poder fixar o seu olhar no nosso.”
As crianças, por fim, amam
brincar e, para isso, é preciso abandonar a nossa lógica para entrar na lógica
infantil. Trata-se de um ensinamento.
“Diante de Jesus somos chamados a
abandonar a nossa pretensão de autonomia - este é o nó da questão
-, para acolher ao invés a verdadeira forma de liberdade, que consiste em
conhecer quem temos diante de nós e servi-lo: é o Filho de Deus. Ele veio para
nos mostrar a face do Pai rico de amor e de misericórdia. Coloquemo-nos a seu
serviço”, exortou o Papa.
Ao final, Francisco pediu que, ao
voltarem para casa, os fiéis se aproximem do presépio e beijem o Menino Jesus,
pedindo a seguinte graça: “Jesus, quero ser humilde como você, humilde como
Deus”.
Fonte: http://br.radiovaticana.va/
Foto: ANSA
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