Santa Perpétua e Santa Felicidade
Neste
dia a Igreja entra em comunhão com os Santos do Céu rezando: "Ó Deus,
pelo vosso amor, as mártires Perpétua e Felicidade resistiram aos
perseguidores e superaram as torturas do martírio".
No
ano 202 o imperador Severo mandou matar os cristãos que não quisessem
adorar os falsos deuses. Perpétua estava celebrando uma reunião
religiosa em sua casa de Cartago quando chegou a polícia do imperador e a
levou prisioneira, junto com sua escrava Felicidade.
Perpétua
era uma jovem mãe, de 22 anos que tinha um bebê de poucos meses.
Pertencia a uma família rica e muito estimada por toda a população.
Enquanto estava na prisão, a pedido de seus companheiros mártires, foi
escrevendo um diário de tudo o que ia acontecendo. Felicidade
era uma escrava de Perpétua. Era também muito jovem e na prisão deu à
luz uma menina, que depois os cristãos se encarregaram de criar muito
bem.
Na
prisão escreveu Perpétua: "Fiquei horrorizada, nunca tinha experimentado
tal sensação de escuridão. O calor era insuportável e éramos muitas
pessoas em um subterrâneo muito estreito. Parecia que ia morrer de calor
e de asfixia e sofria por não poder ter junto a mim o meu filho que era
de tão poucos meses e que necessitava muito de mim. O que eu mais pedia
a Deus era que nos concedesse a graça de sofrer e lutar por nossa santa
religião".
Então
chegou seu pai, o único da família que não era cristão, e de joelhos
lhe rogava e lhe suplicava que não persistisse em chamar-se cristã. Que
aceitasse a religião do imperador. Que o fizesse por amor a seu pai e a
seu filhinho. Ela se comovia intensamente mas terminou dizendo-lhe:
“Pai, como se chama esta vasilha que há aí na frente?” "Uma bandeja",
respondeu o pai. “Pois bem, essa vasilha deve ser chamada de bandeja, e
não de pote ou colher, porque é uma bandeja. E eu que sou cristã, não
posso me chamar pagã, nem de nenhuma outra religião, porque sou cristã e
o quero ser para sempre".
E
acrescenta o diário escrito por Perpétua: "Meu pai era o único da minha
família que não se alegrava porque nós íamos ser mártires por Cristo".
Felicidade
grávida alcançou a graça que pedia, já que seu filho nasceu antes do
martírio. Um carcereiro debochava dizendo: "Agora se queixa pelas dores
do parto. E quando chegarem das dores do martírio o que fará? Ela
respondeu-lhe: "Agora sou fraca porque sofre a minha pobre natureza. Mas
quando chegar o martírio a graça de Deus me acompanhará, e me encherá
de força". E encheu-se de júbilo por poder sofrer o martírio juntamente
com seus companheiros.
Batizadas
na prisão, Santas Perpétua e Felicidade, foram condenadas pela firmeza
da fé, foram lançadas na arena, onde uma vaca furiosa as feriu. Ao ver a
jovem mãe atirada de um lugar para outro, e o leite gotejando de seus
seios, o povo horrorizou-se, pedindo o fim do espetáculo. Depois disso
foram degoladas. O ano era 203.
Fonte: a12.com
Comentários
Postar um comentário