Pe. Laurindo: "Coragem de se levantar diante do fracasso, diante do erro. Isso nos fortalece".


  No domingo, 27 de março, a Igreja celebrou o Quarto Domingo da Quaresma. Já estamos aproximando das celebrações da Semana Santa. Na Matriz, às 19h, a Santa Missa foi presidida pelo nosso pároco Pe. Laurindo Aguiar, msf.

A equipe de celebração responsável foram os missionários da Pastoral Familiar. Eles preparam a procissão de entrada com o banner e a bandeira da Pastoral.

Pe. Laurindo acolheu a todos os fiéis presentes na Matriz e os que acompanharam a transmissão. Após a proclamação das Leituras e do Santo Evangelho, Pe. Laurindo assim refletiu:

"Neste domingo, a partir da palavra, poderíamos dizer, domingo da misericórdia. Neste domingo, em que Deus, que é misericórdia, que é misericordioso, nos faz um convite para que possamos voltar para ele. Na mesma dinâmica em que nós celebrávamos o início da Quaresma, voltar o nosso coração para Deus, a palavra que hoje nós escutamos, podemos começar a partir  da Segunda Leitura, este convite que São Paulo faz a comunidade de Coríntios, que para nós é a mensagem  de hoje, deste tempo. 'Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus.' Nós pregamos em nome de Cristo. O convite quem faz é o próprio Cristo. Às vezes nós rezamos não só por nós, mas por aqueles que se encontram afastados. Por aqueles que se encontram sem rumo, sem destino, sem sentido para viver, perdidos, isolados, na escuridão. E a palavra de São Paulo para nós é uma palavra que requer um esforço da nossa parte. Requer colocar em prática a nossa liberdade, a nossa vontade, o nosso desejo de querer reconciliar com o Senhor. Eu desejo encontrar o Senhor. Eu desejo acolher o seu amor, a sua palavra. Isso, deixai. Se você não permitir, o Senhor não vai agir. O Senhor não vai te levar à força. Você que tem que decidir."


"A parábola que hoje nós escutamos, fala também neste sentido do pai misericordioso. Do Pai que é o amor, do Pai que é a misericórdia. Do Pai que está a exercitar isso todos os dias. A revelar isso todos os dias. Jesus estava dizendo isso pelo contexto em que ele estava escutando de publicanos e pecadores que se aproximaram de Jesus para o escutar. Pessoas sedentas. Aquelas pessoas que permitiram ser cuidadas por Jesus. Que permitiram ser acolhidas por Jesus. Que permitiram que Jesus as conduzisse ao Pai. Interessante que o filho mais novo, que está se descobrindo, se acha o mais importante. Essa importância, às vezes, vem na forma de autossuficiência. Eu já me basto. Eu não preciso do outro. Este filho que pede a parte da herança. O pai nada fala. Se você quer, se você está decidido, o pai dividiu os bens. Ele respeitou a realidade,  a fase, a liberdade daquele filho. Deixou que ele pudesse conduzir seu caminho, ser senhor de sua história. Poucos dias depois, ele esbanjou tudo aquilo que tinha recebido da sua herança. Gastou tudo e se encontrava numa posição de indignidade. Não mais manifestava o rosto de alguém que era filho de Deus. Alguém que não tinha o que comer, essa necessidade básica. Que nem a comida dos porcos sobrava mais para ele. Ele perdeu sua dignidade. Estava vivendo como escravo. Afastou-se de Deus e estava vivendo como escravo. Importante destacar esta coragem que este jovem teve de sair de casa, de fazer uma experiência a sós, de rejeitar o amor que era dado. Aquilo que nós recebemos sem muito esforço, aquilo que ganhamos, pensamos que a vida é muito fácil. Temos o que vestir, o que comer, o que beber, temos alguém que cuida da gente. Não sabemos de onde vem isso. Pensamos que tudo isso é um direito nosso. Que as coisas são fáceis.   Que todas as fases de minha vida são assim, a gente não valoriza o que a gente tem. E quando você recebe sem muito esforço, na mesma velocidade que aquilo chega, às vezes também se perde."


 "Aquele filho cai em si. Tinha tudo dentro de minha casa. Mais dos que os bens materiais, eu tinha afeto. Eu tinha amor. Eu tinha motivos para festejar. Eu tinha motivos para viver. E agora eu estou num contexto que não tenho amigo, que não tenho ninguém, não tenho bens. E ele vai fazer essa memória. Vai fazer este exame de consciência. Percebendo o seu pecado, percebendo sua indignidade, e tomando consciência de como é grande o amor do meu pai por mim. E aí toma a decisão de voltar para a casa e dizer: 'Meu pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado de teu filho.' O filho enquanto alguém que tem direito. O que eu fiz, não tenho direito a mais nada. Ele tem a coragem e consegue se levantar diante da queda. Acho que isso é interessante para nós. Coragem de se levantar diante do fracasso, diante do erro. Isso nos fortalece. E a atitude do pai quando este filho volta. A palavra nos diz que o pai o avistou de longe. Antes mesmo do filho ver o pai, o pai já avistava. Era o encontro que o pai nunca deixou de desejar, de querer."


Ao fim da Santa Missa, avisou-se sobre um importante encontro com os Conselhos Paroquial e das comunidades no próximo sábado, dia 02 de abril, às 14h30, no Centro Social. Também divulgou-se sobre o Círio da Família, no valor de R$ 10,00. O círio pode ser adquirido na secretaria da Paróquia para ser utilizado na celebração da Vigília Pascal.

Pe. Laurindo conduziu a Consagração das Famílias à Sagrada Família. A assembleia rezou junto com nosso pároco em favor de todos os familiares e suas necessidades.  Esta consagração irá acontecer nas missas do Quarto Domingo de cada mês na Matriz.


Clique aqui para ver a cobertura fotográfica completa.


Texto: Alisson Faria / PasCom Sagrada Família

Fotos: Yale Figueiredo / PasCom Sagrada Família

 

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