Audiência: Deus se faz homem na família
Milhares de fiéis participaram nesta quarta-feira (17/12), na Praça S. Pedro, da última Audiência Geral do ano. Em 2014, foram 43 Audiências no total, com a participação de um milhão e 200 mil peregrinos.
Antes
de se dirigir à multidão, o Papa fez seu ingresso na Praça a bordo do
papamóvel para saudar os fiéis. Muitos deles parabenizaram Francisco por
seu aniversário, que hoje completa 78 anos.
Em
preparação ao Sínodo sobre a Família, em outubro próximo, o Papa
decidiu dedicar suas reflexões semanais a este tema. Com a proximidade
do Natal, Francisco meditou nesta quarta-feira sobre a família de
Nazaré.
“Deus escolheu nascer numa
família humana, que Ele mesmo formou. E a formou num vilarejo perdido da
periferia do Império Romano. Não em Roma, numa grande cidade, mas numa
periferia quase invisível. E não só, inclusive mal falada.”
Jesus,
prosseguiu Francisco, permaneceu naquela periferia por 30 anos, levando
uma vida normal, sem milagres, curas ou pregações.
“Os
Evangelhos, em sua sobriedade, não referem nada acerca da adolescência e
deixam esta tarefa à nossa meditação afetuosa”, disse o Papa,
acrescentando que os membros da família de Nazaré poderiam servir de
exemplo e inspiração para as mães, pais e até mesmo para a juventude
atual.
Assim como fizeram os pais de
Cristo, indicou Francisco, cada família cristã pode antes de tudo
acolher Jesus, ouvi-lo, protegê-lo, e assim melhorar o mundo. “Abramos
espaço no nosso coração e nos nossos dias ao Senhor”, exortou.
Todavia,
reconheceu o Papa, não é fácil acolhê-lo, assim como não foi fácil nem
para Maria e José, que tiveram que superar inúmeras dificuldades. “Não
era uma família aparente, irreal”, explicou o Papa. Pelo contrário, ela
nos empenha a redescobrir a vocação e a missão da família; e fazer com
que o amor, e não o ódio, se torne normal; que o amor recíproco se torne
comum, e não a indiferença ou a inimizade.
“Toda
vez que há uma família que protege este mistério, mesmo que seja na
periferia do mundo, o mistério do Filho de Deus está em obra. E vem para
salvar o mundo".
Após a catequese e a
leitura dos resumos em várias línguas, o Papa pediu a todos orações
pelas vítimas dos desumanos ataques terroristas perpetrados nos últimos
dias em Sydney, na Austrália, e em Peshawar, no Paquistão. “Que o Senhor
acolha os mortos em sua paz, conforte os familiares e converta o
coração dos violentos”.
Fonte: http://br.radiovaticana.va/#
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