Papa no Angelus: à espera de Jesus, estejamos dispostos à doação e ao serviço ao próximo



“Vigiar não significa ter materialmente os olhos abertos, mas ter o coração livre e voltado para a direção justa, isto é, disposto à doação e ao serviço", afirmou o Papa neste I Domingo do Advento, na alocução que precede a Oração Mariana do Angelus. Francisco fez referência ao Evangelho e à exortação para que estejamos prontos e vigilantes para a vinda do Senhor.

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O Papa Francisco, na alocução que precede a Oração Mariana do Angelus, orientou a sua mensagem aos milhares de peregrinos presentes na Praça São Pedro nas quatro semanas do Advento, que inicia neste domingo (01), quando também começa um novo Ano Litúrgico.

    “ A liturgia nos conduz a celebrar o Natal de Jesus, enquanto nos lembra que Ele vem todos os dias na nossa vida e retornará gloriosamente no final dos tempos. Esta certeza nos induz a olhar com confiança para o futuro. ”

Ao convidar a seguir o profeta Isaias, que nos acompanha todo o caminho do Advento com “uma estupenda teologia da história”, o Papa disse que somos chamados a ter essa visão de fé e de esperança no nosso percurso diário da vida, assumindo inclusive “uma atitude de peregrinação, de caminho rumo a Cristo, sentido e fim da história”.

"Quantos têm fome e sede de justiça e só podem encontrá-la percorrendo as vias do Senhor; enquanto o mal e o pecado provêm do fato de que os indivíduos e os grupos sociais preferem seguir caminhos ditados por interesses egoístas, que provocam conflitos e guerras. Ao invés, se cada um buscasse, com a guia do Senhor, o caminho do bem, então no mundo existiria mais harmonia e concórdia. O Advento é o tempo propício para acolher a vinda de Jesus, que vem como mensageiro de paz para nos indicar as vias de Deus."

No Evangelho de hoje, a exortação também é para estarmos prontos e vigilantes para a vinda de Jesus:

    “ Vigiar não significa ter materialmente os olhos abertos, mas ter o coração livre e voltado para a direção justa, isto é, disposto à doação e ao serviço. O sono do qual devemos nos despertar é constituído pela indiferença, pela vaidade, pela incapacidade de instaurar relações genuinamente humanas, de cuidar do irmão sozinho, abandonado ou doente. A espera de Jesus que vem, portanto, deve se traduzir num compromisso de vigilância. Trata-se, antes de tudo, de maravilhar-se diante da ação de Deus, das suas surpresas, e de dar a Ele a primazia. Vigilância significa também, concretamente, estar atentos ao nosso próximo em dificuldade, deixar-se interpelar pelas suas necessidades, sem esperar que ele ou ela nos peçam ajuda, mas aprender a prevenir, a antecipar, como faz sempre Deus conosco. ”



Fonte: www.vaticannews.va/pt
Foto: Reprodução Vatican Media

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