Dois dias após ter apresentado a sua
renúncia, o Papa nomeou Dom Giuseppe Sciacca, Secretário-geral do governo do
Estado do Vaticano, como auditor geral, uma espécie de conselheiro jurídico, da
Câmara Apostólica. A constituição ‘Universi Dominici Gregis’, assinada por João
Paulo II em 1996, sublinha as responsabilidades do camerlengo, que encarrega de
selar o escritório e o quarto do Papa após o final do pontificado, bem como de
inutilizar (‘anular’) o anel do pescador e o selo de chumbo do pontífice.
Compete ao camerlengo, durante o período de Sé vacante, “cuidar e
administrar os bens e os direitos temporais da Santa Sé, com o auxílio dos três
cardeais assistentes, precedido - uma vez para as questões menos importantes, e
todas as vezes para as mais graves - do voto do Colégio dos cardeais”. Esta
comissão tem de providenciar ao “conveniente alojamento” dos cardeais eleitores
na Domus Sanctae Marthae (os quartos são atribuídos por sorteio), situada no
Vaticano, à preparação da Capela Sistina, onde decorre a eleição, e à seleção de
“dois eclesiásticos de íntegra doutrina, sabedoria e autoridade moral” para a
apresentação de “meditações sobre os problemas da Igreja”. Aos mesmos
responsáveis compete estabelecer o “dia e hora para o início das operações de
voto”.
Fonte: Rádio Vaticano
Comentários
Postar um comentário